STF bloqueia R$ 389 milhões do sindicato de aposentados em investigação sobre fraude no INSS

Foto: STF/Divulgação

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16/10/2025 - 01h33


O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o bloqueio de R$ 389 milhões ligado ao Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas da Força Sindical (Sindnapi). O valor corresponde a tudo o que o sindicato recebeu via descontos em aposentadorias e pensões do INSS entre 2021 e janeiro de 2025.

A decisão parte da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, que apura um esquema de fraudes contra investidores. A investigação aponta a existência de um grupo criminoso que teria feito descontos indevidos nos benefícios para depois lavar o dinheiro obtido.

Além do Sindnapi, foram atingidos o patrimônio pessoal do atual presidente da entidade, Milton Baptista de Souza Filho, conhecido como Milton Cavalo, e o espólio do ex-presidente João Batista Inocentini, morto em 2023. Outros três dirigentes também estão na lista.

A PF já havia descoberto joias, dinheiro vivo, carros de luxo — incluindo uma Ferrari, Porsches e até um carro de Fórmula 1 — em operações na semana passada. Ao todo, foram cumpridos 66 mandatos de busca e apreensão em sete estados.

Mendonça também autorizou a quebra de sigilo bancário e fiscal do sindicato e dos investigados. A Procuradoria-Geral da República (PGR) invejou movimentações financeiras suspeitas, como o repasse de R$ 1,1 milhão a uma construtora que, por sua vez, teria enviado parte do dinheiro para outra empresa sem funcionários registrados.

Em nota, o Sindnapi repudiou as acusações e negou a prática de qualquer irregularidade.

No meio político, a base governamental reagiu à tentativa de oposição de ligação ao caso ao presidente Lula, já que seu irmão mais velho, Frei Chico, é vice-presidente do sindicato. Ele, no entanto, não é investigado nem foi alvo de qualquer medida judicial.

 


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