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A 3ª Vara Federal
Criminal do Rio de Janeiro admitiu nessa quinta-feira (26), formalmente, a
denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) descrevendo diversas
fraudes nas obras do Complexo Esportivo Deodoro Norte, onde foram disputadas as
provas de tiro, slalom, rugby e BMX, dentre outras, nos Jogos Olímpicos Rio
2016.
Segundo a denúncia
do MPF, a licitação conduzida pela RioUrbe, no valor de R$ 647 milhões em
verbas federais do extinto Ministério do Esporte, foi direcionada, por
orientação do ex-prefeito Eduardo Paes, para favorecer a Construtora Queiroz
Galvão (CQG). Como, no entanto, a CQG não possuía atestação técnica para a construção
de arenas multiuso, o ex-prefeito convocou o presidente da OAS, Léo Pinheiro,
para uma reunião no Palácio da Cidade, onde articulou a constituição de um
consórcio de fachada com a OAS, apenas para que a CQG pudesse pegar emprestado
a referida atestação técnica a fim de construir a Arena Deodoro. Porém,
conforme revelado pela investigação, conduzida pelo MPF e pela Polícia Federal,
a OAS não teve nenhuma participação na obra, apenas emprestou o seu nome para a
constituição do consórcio.
Informações
passadas pela Controladoria-Geral da União (CGU) ao MPF revelaram ainda que
quase R$ 120 milhões foram pagos à CQG, por serviços de terraplanagem que nunca
foram executados. De acordo com o orçamento da obra, mais de dois milhões de
toneladas de aterro deveriam ter sido transportados e descartados, desde o
canteiro de obras, em Deodoro, até um bota-fora – como são chamados os
vazadouros licenciados para receberem resíduos da construção civil (RCC) – em
Duque de Caxias-RJ. Porém, os auditores da CGU constaram que apenas uma
quantidade insignificante de RCC foi efetivamente transportada e descartada no
bota-fora, apesar de a CQG haver recebido pela totalidade dos serviços.
Ao total, são 24
denunciados. Além do ex-prefeito e do Presidente da OAS, foram denunciados os
diretores da CQG e da OAS que assinaram os documentos que constituíram o
Consórcio Complexo Deodoro, os dirigentes e fiscais da RioUrbe, os engenheiros
da CQG encarregado pela obra e os responsáveis pela emissão das notas fiscais
“frias” e pelo “bota-fora”
Segundo o
procurador da República Fernando Aguiar “esta fraude é um verdadeiro acinte à
coisa pública. Centenas de milhões de reais seriam subtraídos dos cofres
públicos, num esquema fraudulento inacreditável, que envolveu o chefe do Poder
Executivo Municipal e dirigentes de duas das maiores empreiteiras do país,
passou pela alta administração da RioUrbe e chegou até a equipe de fiscalização
no canteiro de obras. Não fosse a atuação rápida e eficiente do MPF, da PF e da
CGU, que conseguiram identificar fraude e reter o dinheiro nos cofres públicos,
através do bloqueio de outras rubricas que ainda seriam pagas à CQG, quase R$
120 milhões teriam sido sorrateiramente sugados dos cofres público federais.”
O número da ação
penal é 5013321-47.2020.4.02.5101.
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