Javier Milei, da extrema-direita, é o novo presidente da Argentina
Ultradireitista libertário é eleito presidente em votação histórica, com vantagem de quase 12 pontos sobre peronista Sergio Massa

Foto: Reprodução/Divulgação
20/11/2023 - 08h24
Mergulhada na pior conjuntura econômica em quatro décadas de redemocratização, a Argentina deu as costas à tradição do peronismo e elegeu ontem o neófito Javier Milei, 53 anos, presidente da República. Com a campanha alicerçada no discurso antissistema, aparições polêmicas, incluindo empunhar uma motosserra, e a promessa de reerguer o país, o ultradireitista triunfou depois de um processo eleitoral com altos e baixos.
Apontado como possível vencedor já no primeiro turno, largou quatro pontos atrás do adversário, o atual ministro da Economia, Sergio Massa, no pleito de 22 de outubro. Os 30% dos votos mudaram o tom da campanha, inicialmente muito marcada pelo confronto. Milei buscou acordos, e para isso, tentou rever suas declarações. Conseguiu, assim, o apoio da conservadora Patricia Bullrich e a aprovação do ex-presidente liberal Mauricio Macri. Chegou à vitória com quase 12 pontos de vantagem: 55,71% contra 44,28%, com 99,3% dos votos apurados.
No discurso da vitória, pouco antes das 22h (hora local e de Brasília), o presidente eleito agradeceu Bullrich e Macri, garantindo que "hoje (ontem), começa o fim da decadência argentina". "Hoje, voltamos a abraçar o modelo da liberdade, para voltar a ser uma potência mundial", disse no Hotel Libertador, centro de Buenos Aires. Ressaltando a dramática situação do país, Milei prometeu ser rápido na recuperação da economia e, com um tom conciliatório, disse que todos serão bem-vindos no que chamou de reconstrução do país, "não importa de onde venham".
Liberdade
"Hoje é uma noite histórica porque terminou uma forma de fazer política e começa outra." Hoje começa a reconstrução da Argentina", afirmou Milei, bastante aplaudido pelos apoiadores. Novato na administração pública, o presidente eleito disse que "não vai inventar nada". "Vamos fazer as coisas que a história mostrou que funciona, que é abraçar a ideia de liberdade", destacou. "A Argentina tem futuro, mas esse futuro só existe se a Argentina for liberal." Ele prometeu começar a agir tão logo receba a faixa presidencial, em 10 de dezembro, data em que se celebram 40 anos de retorno da democracia. O atual presidente, Alberto Fernández, afirmou que a transição começará "em breve".
Depois do discurso oficial, Milei voltou a falar com os eleitores. "Apesar da honra de ser o primeiro presidente libertário da história da humanidade, tenho de admitir que não é fácil a tarefa que vem adiante: estão nos deixando uma economia destruída", afirmou. "Não é uma tarefa para fracos."
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